Hoje é dia de ser feliz
Que talvez não seja?
Para que a avareza de tempo e dinheiro
Que talvez não venha aproveitar?
Para que ser feliz e fazer feliz amanhã,
Se hoje é dia de amar,
de cantar e viver,
de ajudar e oferecer
de sorrir e consolar?
Para que desejar o futura na mão
ou na palma das mãos escrito
Se hoje não entenderia sua mensagem de amanhã
Se no passado soubesse
o que o futuro reservava
talvez sucumbido houvesse a provações
Que, no tempo próprio, apenas me levaram
Para mais perto de Deus
Para que preocupar-me com um tempo que só me pertencerá se a Deus aprouver?
Só Ele sabe se acordarei amanhã
Se acabarei de escrever esse poema
Pode chamar-me em meio ao último verso
Dizer -Pára!- enquanto escrevo a palavra derradeira,
Colocando uma reticência ou uma interrogação
Que só Ele poderá concluir ou responder.
(Alzira)